13º dia – Rio Mayo
10/11/2016
691 km (6.319 km)
Acordamos com muito frio. Até hoje, o dia mais frio pela manhã. Pela previsão do tempo, vai ser assim o dia todo.
Motos preparadas com as luvas de guidão, vamos rumo ao sul, sempre pela Ruta 40, hoje até onde der.
A paisagem continua a mesma de ontem, lagos, montanhas nevadas, matas. Tudo por asfalto, cruzando o parque Parque Nacional Nahuel Huapi.
Saímos do asfalto para contemplar o Lago Mascardi, é um ponto turístico importante da região, com formato em V, no seu vértice nasce a estrada que leva para o Cerro Tronador, vulcão ativo com 3554 msnm, e possui 7 glaciares.
Fotos e contemplação terminadas, vamos continuar, mas...... na hora de ligar a Negona... nem sinal! A moto faleceu! Bom, com muita calma e paciência, vamos descobrir o problema. Primeira coisa a verificar: fusíveis, mas estavam todos em ordem, e a moto não ligava. Fio partido em chicote? Virei o guidão várias vezes, e em um momento que balancei a moto... ela pegou! Pegou? Vamos rodar antes que desligue novamente, mais um problema para pilotar preocupado, mas não dá para parar, se continuar decidimos o que fazer em uma próxima cidade.
 |
| Lago Mascardi, às margens da Ruta 40. |
 |
| Lago Mascardi. |
Fotos e contemplação terminadas, vamos continuar, mas...... na hora de ligar a Negona... nem sinal! A moto faleceu! Bom, com muita calma e paciência, vamos descobrir o problema. Primeira coisa a verificar: fusíveis, mas estavam todos em ordem, e a moto não ligava. Fio partido em chicote? Virei o guidão várias vezes, e em um momento que balancei a moto... ela pegou! Pegou? Vamos rodar antes que desligue novamente, mais um problema para pilotar preocupado, mas não dá para parar, se continuar decidimos o que fazer em uma próxima cidade.
A paisagem até Epuyén é a mesma dos Siete Lagos e Bariloche, depois começa deserto plano novamente. O frio nos acompanhou todo o tempo até aqui, sem vento, mas foi só sair da proteção das montanhas que "ligaram o ventilador patagônico".
 |
| Há 46 anos quem imaginava que eu viria aqui? Com quarenta e tantos anos, Negona com 40.000 km, na Ruta 40! |
Passamos por Leleque, abastecemos em El Bosón, saímos da província de Rio Negro e entramos em Chubut.
Por precaução, abastecemos novamente em Esquel, onde demos outra pausa para tomar um café e sentir algum calor dentro da loja de conveniência, faziam 12ºC lá fora.
Em Gobernador Costa, novo abastecimento. Todo o trecho de deserto com vento 100% do tempo, motos inclinadas, e sensação térmica nas mãos muito baixa. Começou a doer meus dedos e percebi que a luva de guidão e minha luva (não muita adequada para frio) não iam aguentar me proteger totalmente. A temperatura estava em cerca de 12 ºC, isso significa que, nos trechos que o vento nos deixava andar a 90 km/h, a sensação térmica era de -1ºC.
 |
| Lanchinho em El Bosón, com Mirinda! |
Em Gobernador Costa, novo abastecimento. Todo o trecho de deserto com vento 100% do tempo, motos inclinadas, e sensação térmica nas mãos muito baixa. Começou a doer meus dedos e percebi que a luva de guidão e minha luva (não muita adequada para frio) não iam aguentar me proteger totalmente. A temperatura estava em cerca de 12 ºC, isso significa que, nos trechos que o vento nos deixava andar a 90 km/h, a sensação térmica era de -1ºC.
O vento vem sempre do oeste, e para gerenciar melhor a pilotagem, eu acompanhava a estrada pelo GPS, quando ia virar para o oeste eu já sabia que a moto iria frear e aumentar o frio nas mãos, quando se ia virar para o leste, o vento iria empurrar a moto, hora de aproveitar para acelerar, ganhar tempo e "esquentar" um pouco as mãos; pilotando sentido sul era ficar tomando pancada de vento pelo lado direito e tomar cuidado para controlar a moto. Algumas vezes o vento forçou a invadirmos a faixa contrária, mas em nenhum momento fomos jogados fora da estrada.
No entroncamento da 40 com a 26, paramos em um monumento do Gauchito Gil, só para tirar uma foto. Já eram cerca de 20:00h e, na hora de ligar a Negona, ..... ela não ligou! Mesmo problema do Lago Mascadi, agora deu medo! Frio de menos de 10ºC, vento e quase anoitecendo, ferrou! Tentei várias técnicas para ligar amoto, virei o guidão de tudo quanto é jeito, balancei a moto, chacoalhei, deitei, e em uma dessas, ela pegou! Rio Mayo estava há 50 km, esse era o destino, tínhamos obrigatoriamente que chegar lá, ou a coisa ia ficar feia para nosso lado.
Chegamos em Rio Mayo por volta das 20:30h, frio congelante e vento até dentro da cidade. Apesar do frio e vento, hoje pilotamos mais de 600 km. Somente abastecemos, avaliamos dois hotéis e ficamos no Aka-Ta, muito bom, confortável, 640 pesos.
Somente descarregamos a bagagem, organizamos um pouco o apartamento, tomamos um banho rápido e fomos jantar. Na rua, um dos maiores frios que já senti na vida, andamos 1 quarteirão até um restaurante, onde estava passando o jogo Brasil x Argentina. E o pior, o Brasil pela eliminatória para a Copa do Mundo, e o Brasil meteu 3x0.
Com o frio da cidade, o abrigo do apartamento com aquecedor era a melhor opção, simplesmente fomos dormir, eu preocupado com minha luva, que ia dar trabalho amanhã (pois quanto mais ao sul, mais frio), mas isso fica para amanhã!
Com o frio da cidade, o abrigo do apartamento com aquecedor era a melhor opção, simplesmente fomos dormir, eu preocupado com minha luva, que ia dar trabalho amanhã (pois quanto mais ao sul, mais frio), mas isso fica para amanhã!
Dicas:
- Gasolina: 14,10 AR = 2,82 BRL
- Hotel Aka-ta: Av. San Martín, 640. Apartamento duplo: 640 AR = 128 BRL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário