Jalapão 2015 - 6º dia - Mateiros - Palmas - Paraíso do Tocantins



10/09/2015 - Mateiros - Paraíso do Tocantins - 436 km

Dia de voltar! Começar a voltar.
Conseguimos tomar um café da manhã antes do horário na pousada, com a tralha pronta, moto abastecida e clima idêntico aos dias anteriores, partiu Mateiros!!

A volta foi sem novidades, mesma estrada, mesmos areiões, mas agora eles ficaram mais fáceis de passar, talvez por estarem mais em descidas nesse sentido da estrada e um pouco pelo treino dos dias anteriores. Nenhum terreno comprado, seguimos direto para a Cachoeira Brejo da Cama (que deixamos para trás na vinda).

Hoje é só voltar!

Eu já tinha visto na vinda, mas agora parei para tirar uma foto da ambulância de Mateiros incendiada, pois consegui descobrir ontem a história deste incidente.

Ambulância de Mateiros, incendiada.

Esta ambulância se incendiou em um dia quente desses, transportando pacientes para Mateiros. A cidade agora tem uma a menos. Ter problemas de saúde nessa região é penoso, as cidades são pequenas e os deslocamentos tem que ser feito todos para Palmas, por esta rodovia estadual cheia de areiões, são horas chacoalhando e atolando para percorrer somente 160 km até Ponte Alta do Tocantins, a população tem o desejo do asfaltamento, mas não há indícios de iniciativa dos governos.

Hoje está mais quente do que ontem, como o trecho até a Cachoeira Brejo da Cama é muito longo, levei 3 litros de água.

Sombra é água fresca... muita água!

A moto do Cristiano não estava boa desde ontem e hoje faz uns barulhos diferentes e perdeu potência, segundo ele... tá fundindo!

Corrijo uma informação, a estrada tem asfalto sim... um trecho de menos de 100 metros! O asfalto foi necessário ali devido ser uma subida íngreme em terreno de pedras ponteagudas, o que obviamente danificava pneus antes.

Trecho asfaltado do Jalapão!

A Sahara está ficando para trás, então dá para curtir umas poucas oportunidades de sombra no cerrado, esperando.

Poucas sombras no caminho!

E eis que chega a entrada para a Cachoeira Brejo da Cama, é fácil encontrar. No sentido Mateiros-Ponte Alta fica à esquerda, basta procurar um enorme outdoor das tintas Colorin e entrar pela estrada da fazenda.

Devido a moto do Cristiano não estar boa, deixamos ela na porteira da entrada e fomos os dois de XT, o caminho até a sede da fazenda é tranquilo, pois o proprietário cascalhou tudo.

Da sede da fazenda até a cachoeira, adivinha?..... Areião! E em dois na moto!

Cachoeira Brejo da Cama.

A cachoeira tem água bem gelada! Grande volume de água e muito boa para nadar. Abaixo forma um rio que vai cortando o cerrado mais alto. Nesse rio encontramos uma arraia com a ponta do rabo cortado, segundo o guia, uma maldade de alguém.


Terminando o Jalapão... cachoeira visitada, bora tocar para Ponte Alta do Tocantins. Da entrada da fazenda até a cidade, fui tocando na frente sozinho, pois o Cristiano veio mais devagar para não forçar a Sahara.

Última foto do Jalapão! Até a próxima!


Chegando na cidade, fui até a Pousada Planalto e resolvi ir para Palmas (conhecer e dar uma passada na Yamaha para trocar óleo e filtros); peguei o restante da bagagem, despedi da Dona Lázara e abasteci a motoca. O Cristiano não chegou na cidade a tempo e tive que ir sem me despedir do companheiro de areiões.

Minha rota foi rumo ao norte, pela TO-130 até Santa Tereza do Tocantins; e depois à oeste, pela TO-030 para passar por Taquaruçu do Porto, uma das cidades turísticas da região com mais rios e cachoeiras.

Em Taquaruçu vi umas placas para a Cachoeira do Vai Quem Quer, deu vontade de ir lá, mas já estava ficando tarde. Infelizmente o tempo está acabando e tenho que usar os próximos dois dias e meio no deslocamento para casa. Fica para a próxima, mas já sei onde é!

Cheguei em Palmas pelo sul da cidade, e a Yamaha fica ao norte, tive que andar muito. pela TO-050, onde levei um grande susto; pode ser coisa de paulista encanado, mas em um momento achei que uma CG com 2 rapazes me seguindo, conforme eu acelerava ou diminuía, mudava de faixa, eles me seguiam,..... pronto, vou ser roubado! Então resolvi enrolar o cabo da Negona, que chegou a cantar os cravos do pneu no chão, quando estava a 110 km/h vi que a CG tava tentando grudar atrás, ferrou, os caras estavam mesmo na minha cola (pensei); acelerei mais, não é possível que uma CG me seguiria a 130 km/h. Nem olhei mais para trás, em um retorno entrei cortando que nem um maluco à frente dos carros e virei na maior velocidade que consegui para a outra pista. Olhei no espelho e não tinha mais CG. Como falei, coisa de paulista assustado, se os caras eram do mau ou não... nunca vou saber, mas não arrisquei. O preocupante é que aquela via tem um monte de radar, e eu ia ter que retornar novamente e seguir por ela de novo até o centro da cidade.

Na concessionária, serviço feito, tranquilo. Procurei hotéis próximo à saída para a Ponte Fernando Henrique Cardoso, mas como ainda eram 17:30 h, resolvi tocar até mais à frente e ganhar uns quilômetros na volta pra casa.

Melhor momento para passar na Ponte FHC, pôr do sol.

Segunda vez cruzando o Rio Tocantins, só que agora ele é enorme! Cheguei até Paraíso do Tocantins, à beira da BR 153, minha estrada de volta para casa. Hotel, abastecimento, um lanche... e cama! Acabou o Jalapão!



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