7º dia – Los Andes - Mendoza
04/11/2016
307 km (3.617 km)
Noite bem dormida. O café da manhã no hostel é meio estranho, um tiozinho vem à mesa, leiteira na mão e te serve direto na xícara, achamos que era para economizar o leite, servindo só uma vez. Ele te traz também um pratinho, com um pão redondo, uma fatia de queijo, um potinho de manteiga, uma fatia de bolo e um sachet de Nescafé. O Ednei lembrou que no Chile é assim; na verdade não me lembro como é, pois da ida ao Atacama eu só fiquei em dois hotéis e nos dois não era assim (eu acho, pois faz tempo). Mas deu para encher a barriga parcialmente, e o espaço que sobra é para a água durante a viagem.
Caminho inverso de ontem, vamos experimentar a subida dos caracoles da Ruta 60, visitar o Cristo Redentor e passear na represa Potrerillos.
Primeira visão dos caracoles |
Lá do alto percebemos três carros, bem pequenos, mas chamaram a atenção instantaneamente; um deles já identifiquei, era um Mustang, vermelho!
Acompanhei a subida até passarem por nós, o Mustang, um Fiat e um Alfa Romeo; algumas fotos e buzinadas, continuaram subindo e se foram. Encontrar um Mustang do fim da década de 60 é raro, ainda mais aqui.
Depois de mais algumas fotos, seguimos. E que surpresa, a estrada estava fechada por agentes da via, tocamos até o primeiro carro, e outro surpresa, era o Mustang; a via fechou bem na vez deles, e nós paramos do lado, o que rendeu algumas fotos e um rápido bate papo com o dono.
Quando eu disse que eu também tinha um antigo, um Escarabajo (Fusca), o papo ficou mais amigável; olhei todo o carro, o dono abriu o capô, todo orgulhoso falou do motor V8. Eles vão a Mendoza, para um encontro que acontecerá amanhã, nos convidaram, mas não seria possível.
Quando eu disse que eu também tinha um antigo, um Escarabajo (Fusca), o papo ficou mais amigável; olhei todo o carro, o dono abriu o capô, todo orgulhoso falou do motor V8. Eles vão a Mendoza, para um encontro que acontecerá amanhã, nos convidaram, mas não seria possível.
A estrada fechou porque uma pedra grande rolou para a pista logo depois de um túnel, obstáculo retirado depois de uns 30 minutos, segue a viagem.
Viagem tranquila, chegamos ao portal do Cristo Redentor, onde começa a estradinha de rípio que sobe a montanha. No quiosco logo abaixo paramos para uma leve refeição, como sempre algum doce e água. Perguntamos ao proprietário sobre as condições do caminho e ele nos respondeu que esta época do ano dá para passar, porque não é inverno.
Se não é difícil, vamos lá. A condição da estradinha pode ser descrita como estreita, de rípio molhado, com muita água escorrendo, pedras de vários tamanhos para desviar e um pouco de neve no caminho. Em alguns pontos a estrada se reduzia a alguns palmos de largura, ficando de um lado a neve e de outro a ribanceira, mas não foi tão complicado ir ziguezagueando na subida.
Porém, em um determinado ponto a neve tomava toda uma curva, em grande quantidade, impossível passar de moto; ali acabou a tentativa de ir ao Cristo, nos sobrou contemplar a bela paisagem e voltar. O Cristo vai ficar para a próxima.
Porém, em um determinado ponto a neve tomava toda uma curva, em grande quantidade, impossível passar de moto; ali acabou a tentativa de ir ao Cristo, nos sobrou contemplar a bela paisagem e voltar. O Cristo vai ficar para a próxima.
Infelizmente, o fim do caminho. |
Vídeo da estrada ao Cristo:
Perto do portal conhecemos uma Casucha de la Cordillera (casebres da cordilheira), usados para proteger os viajantes que percorriam os antigos caminhos no século XVIII.
As aduanas na volta são separadas, a fila foi demorada, os trâmites foram rápidos. Sem estresse.
Aduana, fila grande, mas processo rápido. |
São deles... |
No caminho até Uspallata paramos duas vezes, uma para passar por uma antiga ponte de pedra sobre o Rio Mendoza, e outra para eu descer até as ruínas de um povoado antigo do império Incaico, que se localizava na região de Mendoza.
Antiga ponte, sobre o Rio Mendoza |
Na represa Potrerillos andamos por onde deu, passamos por toda a margem em que a Ruta 7 a rodeia, é um ponto de muitos esportes aquáticos.
Ao redor de Potrerillos, seguimos até o fim da estrada 82, que termina em uma obra no pé de uma montanha, dali haverá um túnel que liga no seguimento, do outro lado, passando por Cacheuta e chegando à região metropolitana de Mendoza.
Ainda no caminho, uma parada para oferecer água para a Defunta Correa.
Chegamos em Mendoza no fim da tarde, com tranquilidade. No hostel, já sabíamos que não voltaríamos para o mesmo apartamento, eles já tinham reservado um menor, mas a surpresa é que era muito menor, acho que menor seria impossível. Nos colocaram em um quartinho ao lado da piscina, com medidas de uns 2,00 x 3,5 m, e um banheiro daqueles que o chuveiro fica em cima da pia, que fica em cima do vaso sanitário (era quase isso).
Para a viagem do dia seguinte era preciso reorganizar toda a tralha pesada, baús, bauletos, roupas, etc. Como no apartamento não cabia, tudo foi feito à beira da piscina, com a galera tocando violão. Dessa vez o hábito básico dos motociclistas de secarem suas roupas as pendurando pelo quarto, teve que mudar, e ser feita fora do quarto, pois não caberia.
Potrerillos |
Potrerillos |
Chegamos em Mendoza no fim da tarde, com tranquilidade. No hostel, já sabíamos que não voltaríamos para o mesmo apartamento, eles já tinham reservado um menor, mas a surpresa é que era muito menor, acho que menor seria impossível. Nos colocaram em um quartinho ao lado da piscina, com medidas de uns 2,00 x 3,5 m, e um banheiro daqueles que o chuveiro fica em cima da pia, que fica em cima do vaso sanitário (era quase isso).
Para a viagem do dia seguinte era preciso reorganizar toda a tralha pesada, baús, bauletos, roupas, etc. Como no apartamento não cabia, tudo foi feito à beira da piscina, com a galera tocando violão. Dessa vez o hábito básico dos motociclistas de secarem suas roupas as pendurando pelo quarto, teve que mudar, e ser feita fora do quarto, pois não caberia.
Novamente motos guardadas no estacionamento da Eugênia. Saímos para jantar na Peatonal (calçadão) em um tal de Mr. Black, escolhido quase aleatoriamente para sentar logo e fugir um pouco das abordagens dos garçons oferecendo os cardápios. Pedimos um chorizzo com papas fritas, muito bom para se ter uma noite mal dormida, de barriga cheia em um micro apartamento no hostel, tudo é aventura.
Não satisfeitos, ainda paramos mais uma vez no Pub, para despedida, tomando um chopp.
Até a próxima Mendoza! |
E, bora dormir, porque amanhã é dia de Ruta 40!
Dicas:
Gasolina = 18,50 ARS = 3,70 BRL
Hostel Estacion Mendoza - http://www.estacion-mendoza.com.ar. Primitivo de La Reta, 547. Apartamento (micro) duplo com banheiro privado: cerca de 30 BRL por pessoa = 150 ARS.
Liverpool Pub - Av. San Martín 1002, Mendoza, Telefone: +54 261 420-1622 http://www.publiverpool.net/.
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